Campo Grande (MS) – Nos dias 3 e 4 de junho, Miranda, distante 201 quilômetros da Capital, será o palco do “1º Agroecoindígena: Fortalecendo a Agroecologia em Terras Indígenas do Pantanal Sul-mato-grossense”, o evento busca o fortalecimento da prática da agroecologia e o emprego do sistema Agroflorestal nas comunidades indígenas do Estado, assim como dar visibilidade nas ações desenvolvidas pelos índios na preservação do bioma Pantanal, promovendo a troca de saberes e fortalecendo as práticas sustentáveis.
A Subsecretaria de Políticas Públicas para População Indígena (SPPPI), pasta da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast) é parceira do evento junto com o Coletivo Ambientalista Indígena de Ação para Natureza, Agroecologia e Sustentabilidade (Caianas), composta por anciãos, homens, mulheres, jovens e lideranças indígenas Cachoeirinha.
Durante o evento a Subsecretaria estará com um stand no local para apresentar aos participantes suas ações e projetos e também tirar dúvida da sua atuação nas comunidades indígenas. “A Subsecretaria Indígena era um anseio das comunidades para trabalhas as políticas públicas especificas para os nossos povos dentro da esfera do poder público estadual, e hoje é uma realidade e precisamos levar e mostrar nosso trabalho para a sociedade”, lembrou a subsecretária Silvana Dias.
A realização do painel “Agricultores indígenas: demandas e perspectivas na produção agroecológica” que acontecerá dentro da programação do evento, foi proposto pela Subsecretaria Indígena, pela importância de sistematizar um diagnostico participativo para o desenvolvimento de um documento que levante demandas e ideias referentes aos assuntos tratados. Nesse sentido, apoiar as discussões voltadas à agricultura familiar sustentável para as comunidades e para buscar subsídio na realização de ações e projetos voltados a estes fins.
Cursos
Serão oferecidas 10 oficinas focadas para técnicas e práticas de interesse com variados temas, além do giro tecnológico (visitação nas aldeias locais), que consistem em visitas e conversas nos locais de plantio e de desenvolvimento na comunidade.
Segundo o biólogo Terena Leosmar Antonio, durante todos os dias serão realizados dentro da programação a primeira edição de três encontros: O “Fórum de Agricultores e Agricultoras Indígenas”, “Encontro dos Xamãs Indígenas”, “Encontro de Concepção do Curso superior de Agroecologia Indígena”; além da primeira edição da “Feira de Etnovariedades”, e o “Seminário de Sistemas Agroflorestais Indígenas”.
A expectativa do 1º “AGROECOINDÍGENA” é de reunir cerca mil pessoas participantes, entre indígenas, pesquisadores, técnicos, extensionistas, estudantes e professores envolvendo todo o município de Miranda onde concentram nove aldeias e vários outros do Estado, como os municípios de Dourados, Nioaque, Aquidauana, Sidrolândia, Dois Irmãos do Buritis entre outros.
O encontro irá favorecer o intercâmbio para trocas de informações entre as comunidades indígenas e a sociedade em geral, além de contribuir para a consolidação de sistemas de produção com medidas direcionadas à recuperação ambiental e à sustentabilidade em Mato Grosso do Sul.
Serviço: O 1º Agroecoindígena acontece no Parque de Exposições 16 de Julho, no município de Miranda.
Solange Mori – Assessoria Sedhast
Foto: Xuxa