Campo Grande (MS) – A valorização do ser humano e a busca constante pela garantia dos seus direitos é de fato um exercício de cidadania. Para Ana Júlia Fernandes, 11 anos, o projeto “Direitos Humanos vai à Escola”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Sed), por meio da Superintendência de Direitos Humanos (SUPDH), foi um divisor de águas. “Aprendi que cada pessoa tem suas diferenças e precisamos respeitá-las, sem discriminação e sem preconceitos”. Nesta quinta-feira (26), foi o encerramento na Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, com a presença de alunos e professores. Iniciado em setembro o projeto já atingiu mais de mil alunos da rede estadual de ensino. Na próxima segunda-feira (30), acontece o encerramento das atividades do projeto desse ano, na Escola Estadual Aracy Eudociak.
O objetivo é repassar valores sociais e capacitar os alunos para que levem da escola para casa, lições que poderão ser repassadas por esses estudantes, tornando-os agentes multiplicadores. Entre os mais diversos temas, palestras e oficinas são debatidos temas que podem ser expressados por meio de músicas, poemas e teatro a problemática de situações de violência, vivenciadas até mesmo por familiares e amigos.
Durante o projeto foram debatidos temas como a Violência Doméstica sob os aspectos moral, psicológico, físico e sexual; e Violência Urbana. Até o momento, o projeto foi executado em quatro escolas estaduais, Aracy Eudociak, Delmira Ramos dos Santos, Manoel Bonifácio Nunes da Cunha e Thereza Noronha de Carvalho. As oficinas seguirão durante todo o ano e devem percorrer outras unidades de ensino em 2016. O objetivo é atingir o maior número possível de estudantes.
Para Cristiane Peres de Matos, técnica da Sedhast, o “Direitos Humanos vai a Escola” superou as expectativas. “Foi surpreendente a participação dos alunos, professores e diretores. A escola foi realmente parceira na execução do projeto e muitos alunos após novo encontro vieram nos procurar e comentaram da relevância do projeto”, destacou a técnica.
Um dos trabalhos mais comentados foram as oficinas, em que alunos e professores puderam expressar por meio do teatro, conflitos vividos na sociedade. “As oficinas sobre bullying foram as que mais gostei. Aprendi de forma divertida que não devemos ser racistas e nem preconceituosos com ninguém”, disse o aluno Guilherme Borges Vital, 11 anos.
Projeto – O “Direitos Humanos Vai à Escola” pretende sensibilizar alunos sobre a integralidade do ser humano e o respeito às diferenças, visando efetivar a cidadania por meio da construção de conhecimento, desenvolvimento de valores, atitudes e comportamentos orientados à justiça social e respeito dos grupos socialmente marginalizados.
Solange Mori (Assessoria da Vice-Governadoria e Sedhast)
Fotos: Xuxa