Campo Grande (MS) – Fortalecer a rede de atendimento e integrar os serviços disponíveis foram os principais pontos levantados na abertura do ‘III Colóquio Estadual para Migrantes, Apátridas e Refugiados’. O evento, realizado nesta terça-feira (20.8), na Escola do SUAS MS “Mariluce Bittar”, trouxe como pauta principal a lei federal 13.445/2017, mais conhecida como lei da migração.
A titular da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), Elisa Cleia Nobre, chamou a atenção para o fato da questão já pertencer ao cotidiano. “É uma luta diária que vivenciamos dentro de nosso Estado e que temos dentro do Brasil. Estamos trabalhando para melhorar o máximo possível o atendimento dessas pessoas. São questões novas que precisamos refletir e não adianta somente trocarmos um abrigo de uma cidade por outro daqui, temos que encontrar soluções reais e isso se dá com a integração de forças”, disse.
A secretária também lembrou do trabalho do governo do Estado, via Sedhast, como por exemplo, a criação do Comitê Estadual para Refugiados, Migrantes e Apátridas no Estado de Mato Grosso do Sul (Cerma), e o atendimento constante por meio do Centro de Atendimento em Direitos Humanos da secretaria.
Somente no primeiro semestre deste ano, o Centro de Atendimento em Direitos Humanos, contabilizou mais de 500 atendimentos envolvendo migrantes. Dentre as principias nacionalidades atendidas estão os haitianos, colombianos e venezuelanos.
O delegado da Polícia Federal, José Otacílio Alves, reforçou também que o objetivo é o fortalecimento da rede. “Nós sabemos que a causa humanitária é importante e ela só se dá quando temos essa atuação integrada”, pontuou.
Para o professor doutor, João Fábio Sanches, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), a viabilidade do avanço das causas migratórias passa por todos. “A UEMS hoje tem o UEMS Acolhe – programa com finalidade de atendimento diferenciado em diversas áreas do conhecimento a comunidade migrante e refugiada do Estado – e está de braços mais do que abertos para receber todos, inclusive voluntários que queiram nos ajudar com nossas equipes. Todos nós podemos fazer um pouquinho”, lembrou.
Também compuseram a mesa de abertura do evento a integrante do Cerma, Rosangela de Araújo; Daniele Osório, da Defensoria Pública Federal; Marisa Zephyr, do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), e a superintendente de Direitos Humanos da Sedhast, Ana Lúcia Américo.
Texto e fotos: Leomar Alves Rosa – Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast)