Campo Grande (MS) – Nesta quarta-feira (9), último dia da 7ª edição da Rota do Desenvolvimento, evento que é voltado a empreendedores e fomentação de negócios em MS, a Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres, pasta vinculada à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), aborda o empoderamento feminino visando promover a independência e a consequente autonomia econômica e social da mulher.
Segundo o Mapa da Violência 2015, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex. “O empoderamento econômico é fator preponderante para que a mulher possa prover seu próprio sustento e romper com o ciclo de violência eventualmente causado pela dependência financeira do agressor”, destaca Luciana Azambuja, subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres.
Ainda hoje, no período da tarde e em parceria com o Sebrae, haverá o “Tarde para Mulheres”, evento para debater o empoderamento da mulher, como se tornar empreendedora e o acesso as linhas de microcrédito.
Na oportunidade serão abordadas questões como rompimento de eventual ciclo de violência, submissão e humilhação, além da independência financeira. Direito das mulheres no mundo do trabalho, equidade salarial, participação da mulher em micros e pequenos empreendimentos, direito a uma vida sem violência e enfrentamento a todas as formas de violência, também serão aborados.
No final do dia, às 18h45, acontece o painel: ‘Inspire-se! Mulheres Empreendoras que fazem a diferença no MS e no Brasil’, com a presença da vice-governadora, Rose Modesto e da subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja Roca.
Número de violência no Brasil
Dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada de 2013), a cada 1h30, uma mulher é morta por menosprezo à condição de ser mulher; o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2015, atesta que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada, e 90% das mulheres declaram ter medo de sofrer violência sexual.
Solange Mori – Sedhast/ fotos: Ana Paula Oliveira