Campo Grande (MS) – Como objetivo de fortalecer os laços entre a Casa Abrigo e os diversos organismos públicos e privados que atendem as mulheres em situação de acolhimento e seus filhos, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), por meio da Superintendência da Política de Assistência Social (Supas) realizou na manhã desta quinta-feira (18), o “1º Encontro dos Parceiros do Projeto Mulheres Livres”, na Escola do SUAS/MS Mariluce Bittar, na Capital.
O superintendente da Política de Assistência Social, Sérgio Wanderly disse que esse momento é especial porque está em discussão a vida de pessoas que passaram por situações difíceis. “Temos que assumir o nosso protagonismo de fato, garantir a política pública que trata da qualidade de vida de pessoas, e refletir que a vida tem significado quando temos sonhos e esperanças. Essas mães que enfrentam a realidade de morar em um abrigo longe do seu lar estão lutando por algo melhor, então temos que dar significado para a vida dessas pessoas e ter um olhar especial quanto a essa realidade”, destacou o superintendente.
Organizado pela Coordenadoria de Proteção Social Especial e Unidade Casa Abrigo para Mulheres em Situação de Acolhimento da Sedhast, o encontro foi idealizado a fim de sensibilizar os parceiros acerca da importância de se disponibilizar atendimento prioritário e de serem adotados protocolos de segurança para as mulheres em situação de acolhimento, permitindo-lhes tornar efetivos seus projetos pessoais, com vistas à superação da situação de violência.
Ana Patrícia Nassar, coordenadora da Casa Abrigo, disse que o projeto Mulheres Livres surgiu para unir os parceiros em prol do empoderamento dessa mulher. “Elas chegam vulnerabilizada, machucada e psicologicamente abalada, nosso papel vai além da segurança, temos que empoderá-las para serem inseridas no mercado de trabalho. Nosso objetivo é conscientizar nossos parceiros que eles são multiplicadores e que vão levar adiante a necessidade de absorver essa mão de obra. Outro enfoque é o atendimento prioritário, justamente pela situação do risco de morte, temos que preservar a segurança dela e dos nossos técnicos. Muitas quando vão a postos de saúde e são seguidas pelo parceiro agressor, ou encontram familiares do agressor, então nosso dever é evitar qualquer situação que coloque a pessoa em risco eminente”, pontuou a coordenadora.
Na ocasião, foi proferida a palestra “Construindo Autonomia para Mulheres em Risco de Morte” e foram entregues certificados de agradecimento aos parceiros do projeto Mulheres Livres.
Solange Mori – Sedhast
Fotos: Ana Paula Oliveira