Campo Grande (MS) – Em discurso na inauguração da primeira Casa da Mulher Brasileira no País, na manhã desta terça-feira (3), o governador Reinaldo Azambuja destacou o trabalho coletivo, para diminuir os casos de violência contra as mulheres, em Mato Grosso do Sul. Diante da presidente da República, Dilma Rousseff, e acompanhado da vice-governadora e secretária de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Rose Modesto, o governador destacou o compromisso de resgatar as políticas sociais e de inclusão.
Sendo Mato Grosso do Sul, um dos estados que tem maior índice de violência contra mulheres e o segundo em números de estupros, Reinaldo Azambuja disse que para reverter essa situação é necessário o esforço conjunto dos poderes. “Com o esforço conjunto dos poderes, podemos fazer muito mais em resgate de políticas sociais, de inclusão, com oportunidade de trabalho, para que a mulher agredida possa ter uma independência e se livrar do agressor”.
O governador ainda afirmou que, por meio de parcerias entre Governo Federal e Estadual, é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas e diminuir as desigualdades. “Esse é o objetivo das pessoas que trabalham em prol de uma sociedade mais justa, mais humana, e de inclusão. Com o esforço coletivo vamos resolver muitos problemas que são enfrentados pela população do nosso estado e do nosso País”.
Com gestão compartilhada entre união, estado e município, a Casa da Mulher Brasileira, será um local para atendimento integrado à mulher vítima de violência. A Casa contará com delegacia especializada de atendimento à mulher, juizado, defensoria, promotoria, equipes psicossocial e de orientação para emprego e renda, além de brinquedoteca e área de convivência.
A presidente Dilma Rousseff decretou tolerância zero contra o agressor e tolerância zero contra a violência e afirmou que a Casa será um exemplo de funcionamento, de acolhimento, e de apoio. “Mato Grosso do Sul não será mais reconhecido como um lugar das piores práticas de violência contra a mulher, que é o estupro. Hoje concretizamos um dos principais instrumentos contra essa violência. Vamos viabilizar um ataque conjunto, trabalhando de forma unificada. Esse espaço que hoje se abre a toda a população, será um espaço de abrigo, onde as mulheres vítimas de violência vão ter o atendimento que elas precisam, que é o atendimento humano”, disse Dilma.
O local já está em pleno funcionamento e a previsão é que sejam feitos cerca de quatro mil atendimentos por mês pelas diversas instituições que estarão funcionando em plantão 24 horas.
Texto: Solange Mori
Fotos: Leca