Campo Grande (MS) – O empoderamento da mulher indígena em relação à sociedade, com sua participação nas relações de consumo e papéis tradicionais, nortearam o debate provocado pela palestra do professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Antônio Hilário Urquiza, na noite desta quinta-feira (30), no Museu da Imagem e do Som (MIS). O tema foi discutido durante a segunda edição do projeto Mulheres: Diálogos e Desafios, realizado pela Subsecretaria de Políticas para Mulheres, pasta ligada à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast).
Com o tema “Mulheres Indígenas, Direitos e Políticas Públicas”, essa edição do projeto contou com participação da subsecretária de Políticas para a População Indígena, Silvana Dias, e da presidente da Associação de Mulheres da Comunidade Tarsila do Amaral, Alcina Tibério, como principais debatedoras, abordando aspectos a partir da visão da mulher indígena, como por exemplo, o direito ao parto humanizado realizado em casa ou em hospitais.
De acordo com o professor Urquiza, muitas mulheres indígenas estão perdendo o direito de terem seus filhos em casa, dentro de suas tradições e estão sendo direcionadas à cesarianas. “Quase 100% das mulheres, de uma aldeia específica de MS, foram para hospitais. Esse é um tipo de dado que temos de questionar”, disse.
Para a subsecretária de Políticas para Mulheres, Luciana Azambuja Roca, a inserção da temática mulher indígena, dentro do projeto, atende uma demanda urgente da sociedade. “É indispensável que tragamos esse debate sobre a mulher indígena cada vez mais para o seio da nossa sociedade, valorizando e dando voz àquelas que muitas vezes sofrem caladas com a violência física, psicológica e também social”, finalizou.
Leomar Alves Rosa (Assessoria Vice-Governadoria e Sedhast)