Campo Grande (MS) – No Dia Nacional de Mobilização da Educação contra o mosquito Aedes aegypti (19/2), criado pelo Ministério da Educação (MEC) para sensibilizar estudantes e suas famílias na conscientização para a prevenção do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, a Secretaria de Estado de Educação (SED) realizou uma mobilização, em mais uma ação da campanha “Vamos apagar o mosquito”. O evento aconteceu no Centro de Educação Infantil José Eduardo Martins Jallad (CEI Zedu), na Capital e contou com a presença da ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
De acordo com a ministra, a partir da informação de que 80% dos criadouros do Aedes aegypti estão dentro de casa, a presidente Dilma Rousseff mandou todos os ministros para os Estados, para que se faça uma grande mobilização nacional. “Nós temos que conseguir conscientizar a população para limpar a casa e não deixar água parada e ninguém melhor do que as nossas crianças para serem esses multiplicadores contra a praga que é esse mosquitinho. No Brasil, são 56 milhões de crianças e jovens que estarão mobilizados. Se cada um convencer um adulto, nós vamos ter metade do Brasil consciente de que podemos vencer esta guerra, basta não deixar o mosquito nascer, basta não deixar água parada”, alertou. Sobre o tema da campanha em Mato Grosso do Sul, “Vamos Apagar o Mosquito”, a ministra elogiou: “Eu adorei, esse slogan de vocês é fantástico, muito boa a ideia”.
Para o evento a SED convidou representantes da sociedade civil e autoridades governamentais e religiosas, com a certeza de que com o envolvimento de todos será possível combater o mosquito, disseminando a importância dessas ações para a saúde pública. “Quero agradecer muito a mobilização que este grupo fez. Aqui nós temos universidades, escolas, sindicatos e secretários de Educação dos municípios neste momento ímpar de mobilização para o combate ao mosquito. Acredito que possamos vencer desde que não nos acomodemos. Que a gente consiga apagar, exterminar este mosquito. É difícil, mas a gente pode vencer”, acredita a secretária de Estado de Educação, Maria Cecilia Amendola da Motta.
Para a vice-governadora de Mato Grosso do Sul e secretária de Recursos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Rose Modesto, é com a força da união que será possível contrariar as estatísticas relacionadas às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “Se conseguirmos sensibilizar nossas crianças, nossos alunos e os professores do papel que eles têm nesse processo de combate ao mosquito, vamos conseguir vencer essa guerra. O poder público tem feito a parte dele, o Governo do Estado montou a sala de monitoramento e investiu na tecnologia para a gente poder avançar mais, mas precisamos, de fato, do envolvimento de todo mundo. E ter quase 300 mil pessoas envolvidas entre a comunidade escolar, família e aluno no processo de combate, vamos conseguir”, frisou.
As atividades da campanha no CEI Zedu foram retomadas assim que as crianças retornaram às aulas, no início desta semana. “Trabalhamos o tema com as crianças por meio da música, dança, teatro, além de inserir em sala de aula esta situação real do mundo deles e depois eles levam para casa, conversam com os pais e assimilam tudo o que aprenderam”, afirmou a diretora Carla Ferraz Barbosa.
Para Cintia Ferreira, mãe de Ulisses, de 3 anos, a campanha contra o mosquito Aedes aegypti consegue envolver mesmo as crianças menores. “Meu filho reconhece os sintomas, se interessa pelo assunto quando aparece na TV e até participou de uma ação no nosso condomínio. Ele é novinho, mas do jeito dele, está consciente”, explicou. Mayza Ferreira, mãe de Manuela, de 4 anos, conta que a filha está totalmente envolvida na campanha. “Lá em casa ela sempre fala pra lavar o prato do cachorro, cobra o repelente, conta que viu filminho do mosquito na escola e conhece os sintomas”, contou. Mesmo tão pequena Manuela já sabe o mal que o mosquito pode causar: “ele pica, dá alergia e causa o ‘wika’”, disse.
O evento no Zedu contou com a participação da Escola Estadual Dr. Arthur de Vasconcellos, do bairro Estrela do Sul, Campo Grande, que tem desenvolvido um trabalho de prevenção à proliferação do mosquitoAedes aegypti com os estudantes do Projovem Urbano desde 2015. “Desde que as aulas dos 117 alunos do Projovem começaram, em 4/1, retomamos os trabalhos de panfletagem, elaboração de faixas e cartazes e fabricação de armadilhas de repelente natural. Distribuímos o material para toda a comunidade e as famílias de nossos alunos também estão envolvidas no projeto”, explicou a coordenadora pedagógica da escola, Maria Messa.
A solenidade foi acompanhada pelo secretário de Educação Básica (SEB) MEC, Manuel Palácios; o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal; o secretário-adjunto de Estado de Educação, Josimário Teotônio Derbli da Silva; a reitora da UFMS, Célia Maria Silva Correa Oliveira Reitora; o reitor do IFMS, Luiz Simão Staszczak, o presidente da ACP, Lucilio Nobre; a presidente da Undime MS, Manuelina Arantes Cabral, a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja Roca, a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul, Maria da Glória Paim Barcellos, entre outras autoridades.
Texto: Emilia Dorsa
Fotos: Fábio Baptista