por Patrícia Noleto, coordenadora da escola
No dia 08 de dezembro de 2014 foi publicado no decreto de nº 14.096 a criação da primeira Escola de Assistência Social do país, inaugurada em 02 de junho de 2015.
Há exatos 7 anos foi implantado um equipamento que buscava não somente oferecer espaços para formação e capacitação no âmbito do SUAS – Sistema Único de Assistência Social, mas especialmente ser ferramenta para assegurar aos usuários e usuárias desta política pública um atendimento digno e respeitoso, assegurando o cumprimento dos direitos socioassistencias .Pois, são as equipes de execução direta, que atuam junto ao púbico, as responsáveis pela concretização de todas as discussões teóricas e metodológicas que ocorrem nos espaços de abstração, neste caso nas capacitações.
Trocando em miúdos, nas capacitações apreendemos novos conteúdos e conhecimentos, abstraímos relacionando-os com nossa prática no campo de atuação e consequentemente, observamos os obstáculos e possibilidades considerando as condições possíveis. Daí as indagações, motores da prática profissional: Como avançar diante de tais dificuldades? Em quais espaços? Com que autores? Como potencializar a prática a partir do que já se tem construído?
Aí está a grande finalidade da Escola e claro da Educação Permanente preconizada pela Política Nacional e Plano Estadual de Educação Permanente, promover ambiente para questionamentos, pesquisas e construções metodológicas.
Um ambiente e equipamento tão caros não poderia ter nome mais adequado para sua identificação: Profª Mariluce Bittar. Quem a conheceu pessoalmente sabe de seu envolvimento, compromisso e conhecimento profundo das causas e temáticas acerca das vulnerabilidades sociais, relacionais e seus funestos prejuízos à vida de famílias e indivíduos. Quem leu seus artigos e livro com certeza sentiu-se provocado a pensar de maneira crítica a realidade vivida pela maioria da população brasileira.
Fazer a roda girar parece simples, considerando a complexidade de sua construção, mas se não houver condições de pavimentação ela estaciona ou emperra. É isso que este governo vem fazendo desde 2015, oferecendo condições para que a Escola tivesse identidade enquanto equipamento de inovação de tecnologia social.
Atualmente a Escola conta com uma equipe de 33 servidores e servidoras que possibilitam seu funcionamento, na organização e segurança do ambiente, gestão de documentos, assessoria ao municípios e implementação da política de Gestão de Trabalho e Educação Permanente. São investidos mensalmente cerca de R$ 130 mil reais desde o pagamento de recursos humanos a recursos utilizados para manutenção do prédio. Ou seja, nestes 07 anos foram mais de 10 milhões de recursos estaduais para garantir seu funcionamento.
De 2015 até 2022 a Escola já emitiu mais de 7 mil certificados e garantiu mais de 15 mil visualizações em eventos realizados virtualmente. Como ficam armazenados na plataforma gratuita YouTube este número aumenta a cada novo clique.
Em sete anos foram muitos ganhos e um sentimento unanime entre gestores, conselheiros e trabalhadores, que Ela é Nossa, é fruto do entendimento da importância da qualificação das práticas e que há muito mais a ser feito, os sonhos e possibilidades são muitos, porque os obstáculos até aqui têm sido enfrentados com uma boa dose de conhecimento e partilha de responsabilidades.
Parabéns Escola do SUAS!