Publicado em 28 out 2025 • por Paulo de Camargo Fernandes •
Reforçando o compromisso com os princípios constitucionais e internacionais de igualdade, lideranças da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) vão participar de um curso sobre letramento racial, no dia 14 de novembro, em Campo Grande. A iniciativa do evento é da própria Secretaria e a realização é da Defensoria Pública Estadual.
O letramento racial é a habilidade de compreender, analisar e interpretar criticamente questões relacionadas à raça, etnia e diversidade cultural, conscientizando sobre a estrutura e o funcionamento do racismo na sociedade. É um processo de reeducação com o objetivo de desconstruir formas de pensar e agir que foram naturalizadas e normalizadas socialmente, em relação a pessoas negras e pessoas brancas.
De acordo com o secretário executivo de Direitos Humanos, Ben-Hur Ferreira, a formação ampliará a qualidade das políticas públicas e promoverá uma cultura organizacional baseada na justiça racial. “A luta contra o racismo é uma luta de todos, e capacitar nossas lideranças é o primeiro passo concreto nessa direção”, afirma. Ben-Hur e os servidores Taynna Miranda e Fábio Brandão foram os autores da iniciativa.
A decisão de chamar gestores e coordenadores da Sead para participar da formação é uma maneira de garantir que os valores de equidade e diversidade se tornem diretrizes institucionais e não apenas ações pontuais. Além disso, a capacitação das lideranças, como secretários executivos, superintendentes e coordenadores, produz um efeito multiplicador.
O Relatório do Grupo de Trabalho da ONU sobre Pessoas de Ascendência Africana recomenda que os governos implementem medidas permanentes de capacitação antirracista para servidores públicos e lideranças administrativa visando a transformação institucional e o cumprimento das metas da Agenda 2030.
Além disso, em âmbito nacional, o Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010) estabelece que é dever do Estado promover políticas públicas destinadas à redução das desigualdades raciais e à capacitação de agentes públicos para prevenir discriminação e assegurar tratamento equânime.
Paulo Fernandes, Comunicação da Sead
Foto: Monique Alves